sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Culto doméstico: uma prática em desuso.


Neste artigo trago o desafio urgente de resgate do culto doméstico. O culto doméstico é aquele realizado no ambiente familiar. Não se trata de um culto no lar e sim de um culto em família. A família em sua residência ou em outro local reúne-se para cultuar a Deus. No culto doméstico os pais e os filhos (e os que compõem aquele lar) têm oportunidade de estreitar a comunhão com Deus e com a família.

Uma ocasião onde a fé é compartilhada e estimulada. Cada um em particular expõe suas necessidades. Rende-se gratidão a Deus pelas vitórias alcançadas e livramentos recebidos naquele dia. Coloca-se nas mãos de Deus por meio da oração intercessora os compromissos do dia seguinte. A Palavra de Deus é estudada segundo a necessidade da família para aquele momento. Louvores da preferência de todos são entoados ao Senhor. Uma família que mantém a prática do culto doméstico é bem melhor estruturada e equilibrada do que aquelas que não o fazem.

A união fraternal e os laços familiares são estreitados. Os medos e temores são discutidos. Os projetos e os sonhos são apresentados no altar de Deus. Diálogo franco, pedido de perdão e reconciliações são estabelecidas. Compromissos e responsabilidades com o ministério e a igreja são analisados à luz das Escrituras. Questões sentimentais, financeiras, espirituais e acadêmicas são compartilhadas e apresentadas a Deus em oração. O culto doméstico é uma grande dádiva na vida das famílias que o praticam.

No entanto, no século conturbado em que vivemos, onde o tempo é escasso e a família tem dificuldades de reunir-se, o culto doméstico tem sido banido da grande maioria dos lares. É urgente o pai de família resgatar este culto. É preciso definir e cumprir um horário para a realização do culto doméstico. Evidente que deve ser em horário onde todos já estejam em casa. Se não puder ser diário que ao menos aconteça uma vez por semana. Pense nisso!
Pr. Douglas Baptista
Douglas Baptista é pastor, líder da Assembleia de Deus de Missão do Distrito Federal, doutor em Teologia Sistemática, mestre em Teologia do Novo Testamento, pós-graduado em Docência do Ensino Superior e Bibliologia, e licenciado em Educação Religiosa e Filosofia; presidente da Sociedade Brasileira de Teologia Cristã Evangélica, do Conselho de Educação e Cultura da CGADB e da Ordem dos Capelães Evangélicos do Brasil; e segundo-vice-presidente da Convenção dos Ministros Evangélicos das ADs de Brasília e Goiás, além de diretor geral do Instituto Brasileiro de Teologia e Ciências Humanas.

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