sexta-feira, 3 de julho de 2015

Dicionário brasileiro redefine “casamento” após pressão de gays.

Dicionário brasileiro redefine “casamento” após pressão de gays
Na esteira da aprovação do casamento gay pela Suprema Corte dos EUA e a invasão de perfis coloridos no Facebook mostrando apoio, o movimento pró-LGBT do Brasil dá outro sinal de seu poder de mobilização.
Uma petição on-line no site Change.com pedia a alteração da definição de “casamento” no dicionário Michaelis em português. A iniciativa foi do paulista Eduardo Santarelo, que vive há três anos com o companheiro Maurício.
Após mais de 3 mil pessoas assinando o pedido em dois dias, a Editora Melhoramentos alterou o verbete no tradicional dicionário. De “União legítima entre homem e mulher” passou para “Ato solene de união entre duas pessoas”. Eliminam-se as palavras homem ou mulher, mostrando a opção pelo que é considerado “politicamente correto”.
Breno Lerner, diretor da Melhoramentos, emitiu a seguinte nota: “Agradecemos ao organizador e signatários por nos alertarem sobre este importante tópico. Solicitamos a nossos dicionaristas uma nova redação do verbete.”
Por enquanto a mudança só existe na versão digital do dicionário. Contudo, a editora avisa que as versões em papel trarão a nova definição “conforme sejam feitas as reimpressões e novas edições”.
O verbete ficou assim: “Casamento: 1 Ato solene de união entre duas pessoas; casório, matrimônio. 2 Cerimônia que celebra vínculo conjugal; matrimônio. 3 União de um casal, legitimada pela autoridade eclesiástica e/ou civil; matrimônio”.
A argumentação de Santarelo no Change.org enfatiza que “O casamento entre pessoas do mesmo sexo tem desafios jurídicos e também simbólicos”. Cita também a decisão da Suprema Corte norte-americana e do STF no Brasil.
A mudança não é exclusividade do Michaelis. No dicionário Houaiss, casamento é o “ato ou efeito de casar(-se)”, “o ritual que confere o status de casado”. Já o Aurélio define casamento como “contrato de união ou vínculo entre duas pessoas que institui deveres conjugais”.
Pedro Prata, diretor de comunicação da Change, ressalta que a iniciativa de Eduardo mostra a “eficiência da mobilização” pela internet. “Em dois dias, ele mudou um conceito que permanecia o mesmo há décadas”, enfatizou.
Paradoxalmente, há anos uma petição on-line feita por evangélicos no mesmo site não conseguiu impedir a distribuição de traduções da Bíblia que eliminam as palavras “Pai, Filho e Espírito Santo”.Com informações G1.

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