Para nós ocidentais, pensávamos que os ventos democráticos estavam chegando ao Egito. |
Dezenas de milhares de egípcios se manifestaram na Praça Tahrir em um protesto de caráter islâmico, um dos maiores desde a revolução que derrubou o regime de Hosni Mubarak.
Ao contrário das manifestações anteriores, nas quais predominaram os slogans políticos, nesta ocasião as palavras de ordem mais gritadas foram: "o povo quer a aplicação da sharia (lei islâmica)", "não há outro Deus senão Alá, e Maomé é seu profeta" e "Egito é um país islâmico, não uma província americana".
A maioria dos grupos políticos laicos uniu-se a essa manifestação, batizada como "sexta-feira da unidade e reunificação", convocada pelo movimento fundamentalista Irmandade Muçulmana, a principal força política islâmica do país, e as organizações salafistas. Mesmo assim, destacou-se a arrasadora presença de homens com barba e túnicas brancas e diversas muçheres com o niqab, o véu que tampa todo o corpo menos os olhos.
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