terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Figueiredo proibiu que se desse informações sobre as vítimas da ditadura militar.

1- Partiu do general João Baptista Figueiredo, então secretário-geral  do Conselho de Segurança Nacional, em 1972, período em que o Brasil vivia sob uma ditadura, a ordem expedida a todos os representantes do governo brasileiro no exterior para que não se desse informações à imprensa sobre os casos de tortura e desaparecimento de presos políticos em território pátrio.
2- O presidente da República, à época, era o general Garrastazu Médici, responsável pela mensagem: “Brasil – Ame-o ou deixe-o”.
3- Quem sustenta esta versão é a Comissão Nacional da Verdade que tem como um de seus membros o advogado pernambucano José Paulo Cavalcanti Filho.
4- Figueiredo foi o chefe do SNI (Serviço Nacional de Informações) no governo do general Ernesto Geisel e seu substituto na presidência da República (1979-1985).
5- A ordem expedida por ele foi uma resposta à Anistia Internacional, que então fazia denúncias sobre a violação de direitos humanos no Brasil.
6- Uma das fontes da Anistia era o então arcebispo de Olinda e Recife, Dom Hélder Câmara, que resolvera abrir o bico contra as torturas então praticadas nos cárceres da ditadura brasileira.
7- Por causa do seu gesto ousado, o arcebispo passou cerca de 9 anos impedido de falar no Brasil sobre temas políticos.
8- A Comissão da Verdade revelou também, com base no que apurou até agora, que o ex-deputado federal Rubens Paiva (PTB-RJ) foi morto sob tortura no DOI-CODI do Rio de Janeiro.
9- O seu sequestro e morte foram denunciados na Câmara Federal em 1972 pelo então deputado pernambucano Marcos Freire (MDB).
10- Marcos integrava, à época, a bancada dos autênticos do PMDB.
Fonte:Inaldo Sampaio

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