segunda-feira, 8 de abril de 2013

Bloqueio norte-coreano a complexo industrial paralisa empresas.


Ao todo, 13 empresas paralisaram atividades após restrição de acesso.
Há seis dias a Coreia do Norte impede a entrada de funcionários na área.




Guarda sul-coreano em frente a postos na fronteira entre as Coreias, que foi fechada na quarta-feira (3). Após seis dias de bloqueio, 13 empresas anunciam que paralisaram as atividades.  (Foto: Jung Yeon-Je/AFP Photo)Guarda sul-coreano em frente a postos na fronteira entre as Coreias, que foi fechada pela Coreia do Norte na quarta-feira (3). Após seis dias de bloqueio, 13 empresas anunciam que paralisariam as atividades. (Foto: Jung Yeon-Je/AFP Photo)
Ok Sung-Seok, ao centro, vice-presidente da Associação do Compelxo Industrial de Kaesong, é cercado por jornalistas na fronteira de Paju, entre as Coreias. 13 empresas suspenderam atividades após bloqueio. (Foto: Jung Yeon-Je / AFP) 
Ok Sung-Seok, ao centro, vice-presidente da
Associação do Compelxo Industrial de Kaesong,
é cercado por jornalistas na fronteira de Paju.
(Foto: Jung Yeon-Je / AFP)
Um total de 13 empresas cessou suas operações no complexo industrial de Kaesong, único projeto em vigor entre as duas Coreias, por causa da restrição de Pyongyang ao acesso de funcionários sul-coreanos, informou nesta segunda-feira (8) o Ministério da Unificação de Seul, segundo a agência EFE.
O Ministério comunicou que nesta segunda outras nove empresas se somaram às quatro que já haviam suspendido seus trabalhos durante o fim de semana devido à falta de provisões e outros problemas acumulados desde quarta-feira (3), quando a Coreia do Norte decidiu unilateralmente cortar o acesso de pessoas e veículos à região.
Hoje foi o sexto dia no qual funcionários vindos da Coreia do Sul não puderam entrar em Kaesong. A saída dos trabalhadores, no entanto, ainda é permitida. De acordo com a EFE, ao longo desta segunda-feira, 39 trabalhadores saíram da Coreia do Norte e voltaram para suas cidades de origem. Agora, restam menos de 500 sul-coreanos no complexo industrial.
Trabalhadora sul-coreana tenta colocar produtos eletrônicos norte-coreanos dentro do carro após deixar a área de Kesong. (Foto: Lee Jin-man/AP Photo) 
Trabalhadora sul-coreana tenta colocar produtos eletrônicos norte-coreanos dentro do carro após deixar a área de Kesong. (Foto: Lee Jin-man/AP Photo)
Uma porta-voz do Ministério da Unificação confirmou à Agência EFE que a pasta, encarregada das relações de Seul com o Norte, continuará comunicando a cada manhã o número de retornos de sul-coreanos através da zona desmilitarizada (DMZ).
A agência sul-coreana 'Yonhap', por sua vez, divulgou hoje que a equipe médica de 10 pessoas, que atende funcionários sul-coreanos em Kaesong, deixou o complexo no sábado, cruzando a fronteira.
Um total de 123 empresas sul-coreanas fabrica produtos no complexo com a mão-de-obra barata de 54.000 trabalhadores norte-coreanos.
Geralmente várias centenas de funcionários da Coreia do Sul vão diariamente a Kaesong, um projeto aberto em 2004 a partir de um acordo entre as duas Coreias.
Apesar das diversas crises políticas vividas pelas Coreias desde então, o bloqueio ao acesso ao complexo industrial durante seis dias é um fato sem precedentes, já que o Norte só proibiu a entrada uma vez, em 2009, durante apenas um dia.
Do G1, em São Paulo

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