O
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na última
terça-feira (2) um ambicioso programa multidisciplinar que, com um
investimento inicial de 110 milhões de dólares, pretende traçar um
mapeamento do cérebro humano para auxiliar a cura de doenças como
Alzheimer e epilepsia.
“Os Estados Unidos são uma nação de
sonhadores, de gente que se arrisca”, afirmou Obama no Salão Oval da
Casa Branca diante dos cientistas e empresários envolvidos na
iniciativa. “Agora é o momento de alcançar um nível de pesquisa e de
desenvolvimento que não observávamos desde os tempos mais intensos da
corrida espacial”, completou o presidente. “Os computadores, a internet e
outros avanços nasceram com financiamento do governo, e o próximo
grande projeto dos Estados Unidos será a iniciativa do cérebro”,
ressaltou Obama.
Oficialmente conhecida como Breakthrough Research And Innovation in Neurotechnology
(Pesquiva de ponta e inovação em neurotecnologia – BRAIN, na sigla em
inglês), a iniciativa tem uma atribuição de 110 milhões de dólares no
projeto de orçamento para o período fiscal 2014, que, por sinal, o
governo de Obama divulgará ainda neste mês.
No começo do programa, se Obama obtiver o apoio do Congresso, os Institutos Nacionais de Saúde (National Institutes of Health
– NIH) gastarão 40 milhões de dólares, a Agência de Projetos de
Pesquisa Avançada (Defense Advanced Research Projects Agency – DARPA) do
Departamento de Defesa repassará outros 50 milhões de dólares, enquanto
a Fundação Nacional de Ciências (National Science Foundation – NSF) cederá outros 20 milhões.
Segundo declarações de cientistas envolvidos no projeto ao jornal The New York Times,
a pesquisa demandará recursos federais da ordem de 300 milhões de
dólares ao ano. Vários institutos particulares de pesquisa estão
envolvidos no projeto, entre eles o Allen Institute, criado pelo milionário fundador da Microsoft Paul Allen, que destinará 60 milhões de dólares ao ano para o projeto, o Howard Hughes Medical Institute, maior instituição de pesquisa médica privada (30 milhões por ano), o Salk Institute (28 milhões de uma vez só) e a Fundação Kavli (4 milhões por dez anos).
Fonte: Veja
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