No dia 20 de agosto aconteceu em Israel uma liturgia preparatória a fim de retomar o antigo “sacrifício perpétuo”; essa atividade era realizada pelos judeus antes da destruição do Templo em Jerusalém pelo exército romano sob o comando do general Tito no ano 70 dC. A iniciativa é relevante uma vez que este mandamento registrado no livro de Levítico foi revitalizado desde os tempos da Diáspora dos judeus e sua peregrinação pelo mundo.
O treinamento dos cohanim (sacerdotes) é uma iniciativa do Instituto do Templo conjugada a várias outras entidades comprometidas a reerguerem o Beit HaMikdash (Templo de Salomão) em Jerusalém. Essa dedicação é um importante passo na restauração dos rituais judaicos. A primeira turma foi selecionada após uma parceria com a Mishmeret Kehunah, instituição que procura restaurar o ciclo sacerdotal do Templo.
Funciona desde 2006 um novo sinédrio e, a partir de então, se reúne uma vez por mês em Jerusalém, com uma comissão de sete rabinos preocupados nos detalhes dos rituais e cerimônias do Templo. Eles selecionaram jovens descendentes da antiga tribo de Levi, que foram identificados por manterem a tradição de seus sobrenomes, sendo os mais comuns Levi, Levy, Levine, Leventhal, Levinson e Cohen.
Enquanto os antigos rituais judaicos são retomados para futuras cerimônias na capital de Israel, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tem olhos fixos na região onde hoje abriga a Mesquita de Al-Aqsa cujas estruturas estão comprometidas.
Em 2009, o então deputado Netanyahu afirmou: “Alguns políticos estão tentando diminuir a importância do Monte do Templo para o povo judeu, referindo-se a ele como a ‘Bacia Sagrada’. Nós, como judeus, sabemos quem edificou o Monte do Templo”.
Mas recentemente essas declarações misturadas a um forte sentimento religioso voltou à baila e o ministro da Habitação e Construção de Israel Uri Ariel revelou a necessidade de “construir um Templo judaico no Monte do Templo”. Antes o governo israelense evitava tocar no assunto mas a declaração mostra uma clara mudança no discurso político.
Mas o fervor religioso tem como aliado os sérios problemas estruturais na base da mesquita: o jornal Israel Today noticiou no final de agosto um colapso de parte do platô do Monte do Templo (que totaliza 14 hectares). Nos últimos cinco anos, este foi o segundo colapso próximo à mesquita, gerando riscos à segurança e à estabilidade da estrutura islâmica. Especialistas já detectaram em uma área de 190 metros quadrados do muro que cerca o local, uma inclinação de cerca de 70 centímetros.
Além disso, a proibição dos judeus fazerem o serviço religioso no local é pauta na agenda do diretor-geral do Ministério para Assuntos Religiosos de Israel que deseja rever essa questão. Apesar de a lei atual permitir que os judeus subam ao Monte e orem, as autoridades vetam quaisquer visitas para impedir que muçulmanos exaltados ataquem com pedras aqueles que costumam visitar o lugar.
Por Eduardo Araújo
O treinamento dos cohanim (sacerdotes) é uma iniciativa do Instituto do Templo conjugada a várias outras entidades comprometidas a reerguerem o Beit HaMikdash (Templo de Salomão) em Jerusalém. Essa dedicação é um importante passo na restauração dos rituais judaicos. A primeira turma foi selecionada após uma parceria com a Mishmeret Kehunah, instituição que procura restaurar o ciclo sacerdotal do Templo.
Funciona desde 2006 um novo sinédrio e, a partir de então, se reúne uma vez por mês em Jerusalém, com uma comissão de sete rabinos preocupados nos detalhes dos rituais e cerimônias do Templo. Eles selecionaram jovens descendentes da antiga tribo de Levi, que foram identificados por manterem a tradição de seus sobrenomes, sendo os mais comuns Levi, Levy, Levine, Leventhal, Levinson e Cohen.
Enquanto os antigos rituais judaicos são retomados para futuras cerimônias na capital de Israel, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tem olhos fixos na região onde hoje abriga a Mesquita de Al-Aqsa cujas estruturas estão comprometidas.
Em 2009, o então deputado Netanyahu afirmou: “Alguns políticos estão tentando diminuir a importância do Monte do Templo para o povo judeu, referindo-se a ele como a ‘Bacia Sagrada’. Nós, como judeus, sabemos quem edificou o Monte do Templo”.
Mas recentemente essas declarações misturadas a um forte sentimento religioso voltou à baila e o ministro da Habitação e Construção de Israel Uri Ariel revelou a necessidade de “construir um Templo judaico no Monte do Templo”. Antes o governo israelense evitava tocar no assunto mas a declaração mostra uma clara mudança no discurso político.
Mas o fervor religioso tem como aliado os sérios problemas estruturais na base da mesquita: o jornal Israel Today noticiou no final de agosto um colapso de parte do platô do Monte do Templo (que totaliza 14 hectares). Nos últimos cinco anos, este foi o segundo colapso próximo à mesquita, gerando riscos à segurança e à estabilidade da estrutura islâmica. Especialistas já detectaram em uma área de 190 metros quadrados do muro que cerca o local, uma inclinação de cerca de 70 centímetros.
Além disso, a proibição dos judeus fazerem o serviço religioso no local é pauta na agenda do diretor-geral do Ministério para Assuntos Religiosos de Israel que deseja rever essa questão. Apesar de a lei atual permitir que os judeus subam ao Monte e orem, as autoridades vetam quaisquer visitas para impedir que muçulmanos exaltados ataquem com pedras aqueles que costumam visitar o lugar.
Por Eduardo Araújo
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