A
vida foi criada por Deus. Ela foi dada por Deus. Por isso, somente o Todo-Poderoso
pode tirá-la. A concepção de um ser humano é algo “terrível e maravilhoso”. A
Bíblia diz que Deus escolhe pessoas desde o ventre. Se uma mãe comete aborto,
como fica o plano de Deus?
O
feto é um ser vivo indiscutivelmente. Apesar de as estatísticas mostrarem um
alto índice de pessoas favoráveis ao aborto, este, com certeza, não é o
pensamento da maioria, incluindo a comunidade cristã. O movimento feminista
impinge a ideia de que a mulher tem o direito de usar seu corpo como bem
entender. Isto, porém, não justifica o ato de matar. Nas poucas referências
existentes na Bíblia, relacionadas a este assunto, o infrator deveria pagar
multa caso fosse considerado culpado por causar dano a uma mulher grávida. O
que dizer daquele que assassinar deliberadamente?
1. Aborto natural. Ocorre por motivos ou
circunstâncias naturais, implicando na morte do feto. Segundo a Medicina, pode
haver aborto por várias causas. Dentre elas, destacam-se as seguintes:
“Insuficiente vitalidade do espermatozóide; afecções da placenta; infecções
sanguíneas; inflamações uterinas; grave exaustão, diabetes e algumas
desconhecidas” (Reifler, p.131). Não há incriminação bíblica quanto a esse
caso, pois, não havendo pecado, não há condenação. Em Deuteronômio 24.16b,
diz-se que “cada qual morrerá pelo seu pecado”.
2. Aborto acidental. É resultado de um
problema alheio à vontade da gestante. Uma queda, ou um susto acidental,
inesperado e intenso podem provocar abortamento. Não há implicação ética quanto
a isso. A referência de Deuteronômio 24.16b aplica-se a esse caso.
3. Aborto por razões eugênicas. É o
aborto por eugenia, isto é, para evitar o nascimento de crianças
deformadas ou retardadas. Nós cristãos, segundo os princípios bíblicos, não
acatamos tal conceituação, puramente humanista. Pessoas retardadas ou
deformadas, ao nascerem, têm personalidade e características verdadeiramente
humanas. E, por conseguinte, têm direito à vida. Abortá-las é assassinato. A
Bíblia diz: “...e não matarás o inocente...” (Êx 23.7).
4. “Mataram” Beethoven! Já é conhecido
um texto em que um professor, desejando mostrar aos alunos como é falha a
lógica humana, propõe o seguinte caso: “Baseados nas circunstâncias que
mencionarei a seguir, que conselho dariam a uma certa senhora, grávida do
quinto filho? O marido sofre de sífilis; ela, de tuberculose. Seu primeiro
filho nasceu cego. O segundo, morreu. O terceiro nasceu surdo, e o quarto é
tuberculoso. Ela está pensando seriamente em abortar a quinta gravidez. Que
caminho vocês lhe aconselhariam?”. Os alunos pensaram e, diante das
circunstâncias, sugeriram que o aborto seria aconselhável para que não nascesse
mais um filho defeituoso. O professor, então, lhe respondeu: “Se vocês disseram
sim à ideia do aborto, acabaram de matar o grande compositor Ludwig van
Beethoven”.
Pr Elinaldo Renovato de Lima
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