As mulheres sauditas ganharam direito de votar e se candidatar a partir das próximas eleições, em 2015. O Rei Abdullah declarou em seu discurso na TV, neste domingo, que “se recusa a marginalizar as mulheres na sociedade e em todos os papéis que cumprem”.

Essa medida foi tomada como uma nova abertura para as mulheres do país, já que elas nunca tiveram autonomia para viajar, trabalhar e até fazer algumas cirurgias médicas sem a autorização de um homem que seja da família.

Essa abertura dada às mulheres é entendida pelos ativistas como um método necessário no país, já que este sempre foi considerado o mais conservador, se tratando do ponto de vista moral e religioso. Naila Attar, que foi a responsável pela organização da campanha pelo direito de voto das mulheres, diz que “apesar da eficácia questionada dos conselhos, o envolvimento das mulheres é necessário. Talvez depois haja outras mudanças”.

O país também não permite que mulheres tenham o direito de dirigir. Embora não exista uma lei formal para essa proibição, não há a emissão de habilitação para elas. É baseado apenas em leis islâmicas que são acatadas pelos moralistas sauditas.

 “A voz da mulher finalmente será ouvida”, disse a escritora Wajeha al Huwaider, que apoiou a nova medida. Ela acrescentou ainda que “agora é hora de quebrar outras barreiras, como as proibições de dirigir e trabalhar, e de viver uma vida normal, sem homens guardiões”.

Estados Unidos aprovam atitude a Casa Branca também elogiou a medida tomada pelo Rei Abdullah e disse que a Arábia Saudita é um aliado estratégico importantíssimo para a política e economia dos Estados Unidos.

Em junho, após as mulheres sauditas serem detidas por dirigirem, pela polícia religiosa, Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA, se pronunciou contra o regime e depois de algumas semanas chamou as mulheres sauditas de “corajosas”.

Fonte:http://www.verdadegospel.com/