sexta-feira, 4 de novembro de 2011

ISRAEL ORDENA ABORDAGEM DE DUAS EMBARCAÇÕES COM DESTINO A GAZA.

O chefe do Estado-Maior de Israel, Beny Gantz, ordenou à Marinha do país abordar duas embarcações que se dirigiam à Faixa de Gaza na tentativa de romper o bloqueio imposto pelo Estado judaico ao território palestino, após terem ignorado os pedidos para mudar seu rumo. Militares da Marinha israelense subiram a bordo do barco canadense "Tahrir" e do irlandês "Saoirse" para levá-los de volta ao porto de Ashdod.


Foto: AFP
Palestinos protestam perto da sede da ONU em Ramallah, na Cisjordânia, para pedir o fim do bloqueio à Faixa de Gaza (3/11/2011).
"Soldados da Marinha israelense operaram conforme planejado, e tomaram todas as precauções necessárias para garantir a segurança dos ativistas a bordo das embarcações e a própria segurança", disse o comunicado. Uma fonte militar assegurou que ninguém ficou ferido durante a operação.
De acordo com a rede CNN, ativistas criticaram a ação israelense e classificaram-na como “ilegal” e afirmou que os voluntários “continuariam, onda após onda” tentando levar ajuda para os palestinos em Gaza.
Os militares afirmam que os ativistas serão entregues para a polícia israelense e para o departamento de imigração.
De acordo com os organizadores, a missão foi a 11ª a tentar furar o bloqueio à Gaza pelo mar. Cinco delas, que ocorreram entre agosto e dezembro de 2008, foram bem-sucedidas e as outras foram interceptadas por Israel.
Os ativistas afirmaram nesta sexta que “as equipes de apoio em terra perderam contato com dois navios”. Segundo eles, 27 passageiros civis de nove países estavam na flotilha. Os barcos foram até Gaza carregados de suprimentos médicos e cartas de apoio ao povo palestino.
Segundo um comunicado do Movimento Internacional de Solidariedade à Palestina, os ativistas internacionais e palestinos organizaram um ato de recepção no porto da capital da faixa.
Eles disseram que a marinha interrogou os passageiros do navio Tahir por volta das 7h30 do horário local (3h30 em Brasília), quando estavam a cerca de 48 milhas náuticas da costa da Faixa de Gaza.
Questionados pelos militares israelenses sobre seu destino, o ativista canadense Ehab Lotayef respondeu: “A consciência da humanidade”, informou a organização em um comunicado. Quando repetiram a pergunta, ele respondeu: “O aperfeiçoamento da humanidade.”

Kit Kitteredge, um americano que viajava no Tahrir, disse que israelenses contataram o grupo e pediram para mudar a estação de rádio. Ele disse que o grupo se recusou.

O bloqueio à Gaza foi imposto em 2006, reforçado um ano depois e aliviado há cerca de um ano e meio, por causa de pressões internacionais após um
ataque militar israelense que matou nove ativistas turcos.
Lotayef, insistiu na necessidade dessa nova iniciativa porque os habitantes da faixa "querem solidariedade e não caridade" e, "apesar da ajuda humanitária ser útil, eles ainda são prisioneiros sem liberdade de movimentos".
Huwaida Arraf, outra das promotoras, explicou que a campanha, batizada de "Freedom Waves to Gaza" (Ondas de Liberdade a Gaza), enviará outras expedições marítimas nos próximos meses.
  Fonte:IG - *Com EFE e Reuters

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