A Marcha das Vadias, realizada nas ruas de Copacabana, no sábado (26),
a favor do aborto e contra a violência sexual, gerou muito tumulto.
Isso porque os manifestantes pararam em frente à Igreja Matriz Nossa
Senhora de Copacabana e parte deles tentou entrar na igreja, sendo que
uma das manifestantes tirou a camisa, ficando com os seios de fora no
pátio do templo, o que provocou revolta das pessoas que assistiam a
missa.
A Polícia Militar (PM) interveio e um
policial chegou a usar gás de pimenta para dispensar o grupo, após
pediram que o mesmo se retirasse das escadarias da igreja. Ninguém foi
preso ou ficou ferido, apesar da televisão mostrar uma membro da igreja
com a mão machucada.
Antes do início da marcha, a mesma já
começou em meio a confusão entre os participantes do movimento e a
Guarda Municipal, que não queria deixar que a manifestação ocupasse a
pista da Avenida Atlântica, alegando que atrapalharia o trânsito. Apenas
com a chegada da PM o problema foi solucionado e a marcha seguiu em
duas faixas.
Segundo a PM, entre 400 e 500 pessoas seguiram a marcha. Mas, os organizadores afirmaram ser entre mil e 1.500 participantes.
Esse mesmo tipo de evento ocorreu simultaneamente em mais de 20 cidades do Brasil e do mundo.
Segundo as organizadoras, o movimento
recebeu esse nome em um protesto no Canadá. A ação foi uma resposta à
declaração de um policial durante uma palestra na universidade de
Toronto, uma das mais importantes do país. O agente teria sugerido às
estudantes que evitassem se vestir como “vadias”, para não serem vítimas
de assédio.
O comentário do policial revoltou as
alunas, que pensaram em realizar uma manifestação diferente contra a
ideia de culpar as mulheres pela agressão que sofrem. As líderes do
movimento argumentam que nenhuma agressão sexual pode ser justificada
pelas roupas, pelo comportamento ou pelo estilo de vida da pessoa
agredida.
O fato do Brasil ser um país livre dá
direito a qualquer cidadão de protestar (liberdade de expressão). No
entanto, nenhuma manifestação tem o direito de agredir indívíduos e de
violar espaços, sejam eles religiosos ou não.
Fonte: G1
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