O ex-PM Florisvaldo de Oliveira, o Cabo
Bruno, 53, disse nesta sexta-feira (24), um dia depois de deixar a
prisão após 27 anos, que sua vida daqui para frente “será fazer a obra
de Deus”.
“Sou pastor evangélico. Minha família é
evangélica. Deus me preparou nesses 20 anos exatamente para isso”.
Informou matéria do site da Folha.
Bruno foi acusado de comandar um grupo
de extermínio e de matar mais de 50 pessoas na zona sul de São Paulo nos
anos 1980. Ele obteve da Justiça um indulto (perdão judicial) porque
cumpriu ininterruptamente mais de 20 anos de sua pena, de 117 anos.
Questionado se viver como pastor lhe
traria a renda necessária, disse: “Talvez não no início. Mas,
futuramente, sim. Fora isso, eu tenho outros meios. Sou artista
plástico. E pretendo fazer algum curso profissionalizante para o caso de
emergência”. Ele disse ainda não ter decidido qual curso pretende
fazer.
“Embora eu tenha uma idade já meio avançada, Deus me deu saúde, sabedoria, uma mente boa, preservou minha mente”, afirmou.
Cabo Bruno disse estar “ótimo”. “Em
liberdade, com a família. É outra vida, né?”. O ex-policial militar não
quis se alongar sobre a vida que levou preso. “Fiquei três anos no
semiaberto, sem poder sair, só saí dias atrás (no Dia dos Pais). É
difícil explicar”.
Ele disse não querer, por enquanto,
mostrar o rosto. “Eu terminei com um trauma desse negócio da imprensa.
Quanto mais eu puder evitar (ser exposto), é melhor”.
Igreja
Sua mulher, Dayse da Silva Oliveira, 45,
é pastora da Igreja Pentecostal Refúgio em Cristo, na vizinha Taubaté.
Segundo ela, Cabo Bruno deve ficar um tempo sem aparecer nas reuniões,
para evitar o assédio da imprensa e de curiosos, e não atrapalhar a
celebração.
Ele foi à igreja há duas semanas, mas não sabe quando passará a ir aos cultos.
Fonte: Folha
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