As taxas médias das linhas de crédito bancárias para as pessoas físicas
e jurídicas, além de todas as operações dos bancos, registraram queda
em 2012, atingindo a mínima histórica, e o movimento foi acompanhado nas
linhas de crédito mais caras (cheque especial e cartão de crédito), de
acordo com números do Banco Central e da Associação Nacional dos
Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
As linhas de crédito de cheque especial e do cartão de crédito,
inclusive, registraram fortes recuos ao longo do ano passado. Mesmo
assim, os números mostram que as taxas de juros cobradas pelos bancos
nestas linhas de crédito ainda continuam extremamente altas na
comparação com outras modalidades.
No caso do cheque especial de pessoa física, por exemplo, a taxa média
cobrada pelas instituições financeiras registrou queda de 46,1 pontos no
ano passado, atingindo 142% ao ano, contra 188,1% ao ano no fechamento
de 2011, de acordo com dados do BC. Ao mesmo tempo, segundo a Anefac, os
juros cobrados nas operações com cartão de crédito tiveram queda de
45,3 pontos em 2012, para 192,9% ao ano em dezembro do ano passado - na
comparação com 238,3% ao ano em dezembro de 2011.
Em comparação com outras linhas de crédito, entretanto, os números do
BC mostram que as taxas de juros do cartão de crédito e do cheque
especial ainda continuam muito elevadas. No crédito pessoal, por
exemplo, a taxa bancária média somou 38,9% ao ano em dezembro. Essa taxa
teve recuo de 9,3 pontos em 2012, visto que estava em 48,2% ao ano no
fim de 2011. No caso do crédito consignado (com desconto na folha de
pagamentos), a taxa cobrada pelos bancos é bem menor. No fim de 2012,
somou 23,3% ao ano, com queda de 3,7 pontos frente ao fechamento do ano
anterior, quando estava em 27% ao ano.
Os dados da concessão de crédito mostram que os consumidores estão
atentos às taxas de juros praticadas pelos bancos, preferindo as linhas
de crédito mais baratas. No ano passado, o crédito buscado no cheque
especial, por exemplo, recuou 0,2% - ficando praticamente estável. No
caso do cartão de crédito, ainda de acordo com a autoridade monetária, o
crescimento foi de 4,1%. Ao mesmo tempo, a procura pelo crédito
consignado foi muito maior, com as operações de crédito avançando 18,1%
em 2012. Já as operações de crédito pessoal subiram 14,9%.
Fonte:G1
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