terça-feira, 23 de abril de 2013

Entre rezas e oferendas, artistas ilustres celebram 'santo do sambistas'




















No mundo do samba, o culto ao santo dá uma das mais claras demonstrações deste sincretismo — isto é, da mistura entre concepções religiosas.

"Se eu falar que sou somente católico, é mentira. Se falar que sou só umbanda, é mentira. Na verdade, eu acredito em Deus. E se tem um lugar que vou direto é à Igreja de São Jorge, por causa da devoção que tenho pelo santo guerreiro. Minha devoção a ele está acima das duas religiões, embora a devoção a Deus seja muito maior", explica Dudu Nobre.

Entre crentes que rezam ou espalham oferendas pela cidade, a data acabou ganhando uma conotação ainda mais especial para Zeca Pagodinho. "São Jorge é o santo dos sambistas. É a minha cultura, eu vim disso aí", explicou em entrevista no lançamento de seu novo DVD, há uma semana.

Dentre os devotos ilustres, a lista no mundo do samba se estende de Jorge Ben Jor a Arlindo Cruz, passando por Beth Carvalho e músicos da MPB como Jorge Vercilo. No teatro, a expressão maior talvez se encontre na peça "Salve, Jorge", do ator e diretor Jorge Fernando. No início do espetáculo, uma imagem de três metros do santo é exibida e, no final, a oração a São Jorge encerra a obra.

"Eu nasci num berço de espiritualidade, sobre a proteção de Ogum. Em todo aniversário dos meus 7 primeiros anos de vida, ia à igreja. Depois dos 14 voltei a frequentar para pedir proteção. Para usar minhas palavras como arma e me guiar nos caminhos. Só quem é devoto entende", diz o artista.
Com informações G1

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