As tratativas sobre homossexualismo
querem de forma imposta alterar a natureza dos seres, características
dos gêneros, a fisiologia e a psique humana.
Tal perversão sempre existiu, porém,
jamais foi tão maquiavélica. A partir da estratégia de apelo à linguagem
do gênero cria-se o engodo, para levar a discussão, a partir de
vocábulos, tirando do centro da discussão a própria característica do
ser.
Sobre isto escreve o padre Luiz Carlos Lodi da Cruz, em A linguagem de gênero – Uma perigosa terminologia que se está disseminando. Ele trata do livro do advogado argentino Jorge Scala El género como herramienta de poder sobre a perigosa e destrutiva “ideologia de gênero”.
Lodi fala dos termos cunhados pelo que
ele chama de ‘cultura da morte’. São vocábulos bem assimilados por
representantes de praticamente todos os segmentos sociais, mesmo os
contrários a tal desvario ideológico e quase religioso.
De forma tanto inadvertida quanto
inocente tomam desigualdade de gênero, homofobia, homossexualismo,
homossexuais e heterossexuais, planejamento familiar, com vistas ao
aborto, como linguagem de inclusão em seus discursos, nem sempre
percebendo a artimanha.
Desconstrução
Segundo Jorge Scala, o jogo de palavras
dessa ideologia não é inocente, pois conforme a ‘ideologia de gênero’
não existe um homem natural nem uma mulher natural. O ser humano nasce
sexualmente neutro. A sociedade é que constrói os papéis masculinos ou
femininos e mesmo construído pode ser desconstruído. Penso ser alusão ao
filósofo franco-judaico, Jacques Derridá.
Essa tentativa de desconstrução dos
papéis e personalidade de cada gênero, bem definidos desde a conceição
humana, ocorre desde o Éden.
Quando o Senhor disse ao homem, que se
alterasse aquilo que Ele determinara, quanto ao conhecimento do bem e do
mal, morreria, o Inimigo tentou desconstruir o que o Criador falara e
alterar o rumo do humano. E conseguiu.
Com uma frase afirmativa, embora não verdadeira, a Serpente engodou a mulher, ao tentar desconstruir o que o Senhor dissera. O certamente não morrereis contrapôs o certamente morrerás! Mas o humano morreu!
Preterindo o principal
O jogo de palavras diz respeito à
desconstrução dos gêneros. Enquanto a questão principal fica de fora,
discute-se o próprio homossexualismo, adoção de crianças por pares
homossexuais, profissionalização da prostituição, pedofilia e sua
aceitação, igualdade de gênero, opção sexual, saúde sexual, distribuição
de preservativos, cartilhas de orientação sexual (iniciação sexual
precoce), homofobia, aborto…
Querem desconstruir todos os muros, as paredes divisórias e sabiamente delineadas pela Criação.
Dentre o jogo de palavras, a perder de vista o foco principal, está à disparidade criada a partir da definição heterosexual (de heteros,
no grego, diferente). Criou-se o termo como centro de discussão das
demais anomalias sexuais, sem levar em conta a existência, de fato, de
macho e fêmea, fora das anomalias.
Lodi toma Scala para mostrar o engodo do uso de palavras. O vocábulo inventado a partir do grego heteros,
para patentear quem não é e que contrapõe ao homossexual, seria o mesmo
que afirmar que alguém ‘não é leproso’ ou ‘não é diabético’, tomando as
definições expressas por Lodi.
O termo serve para levar à discussão a
outro campo, ardilosamente criado e cheio de munição para derrotar
qualquer oposição, no terreno fértil e minado.
Ora, essa tentativa de manipulação
mágica, não pode matar a verdade, a realidade, a natureza, a psique
humana, a fisiologia… O próprio dicionário (Aurélio) afirma que natureza é a “Força
ativa que estabeleceu e conserva a ordem natural de tudo quanto existe;
Índole do indivíduo; temperamento, caráter; Espécie, qualidade; As
partes genitais do homem ou da mulher (especialmente as do homem) –
filosoficamente: Essência; O mundo visível, em oposição às idéias,
sentimentos, emoções, etc.”
Se o homossexualismo agride a própria
natureza dos seres, como não agrediria os próprios seres? Não há outro
sentido de análise do humano. Até mesmo a antropologia não mostra outro
caminho.
Mesmo que alterem as linguagens,
atropelem as leis, ampliem-se as militâncias e a eclesiofobia, o macho
vai continuar sendo macho e a fêmea, idem, tanto entre o humano quanto
na natureza, como um todo, com exceção das anomalias.
Macho & fêmea
Na Criação o Senhor fez o Adão (Adam), no hebraico ish e depois a fêmea, Eva, literalmente ‘mãe de vida’, ishah. Os dois formam o humano – o homem. Só por eles há procriação. O próprio Criador diz: Enchei a terra!
A genitália de cada um é própria e
completamente definida a partir de um design perfeito para o
acasalamento (casal). Internamente, tais aparelhos são compostos de
sistemas prontos para a produção, a partir da semente, do sêmen
fecundante, e do orifício sexual feminino, com fim à ovulação, cada um
por sua ordem e polaridade sexual.
Os dois sistemas não mantêm igualdade, mas são compostos de pólos diferentes e que, portanto, naturalmente, se atraem.
Ordem cromossômica
Também de forma resumida, tem-se outra
informação preciosa, imposta pela própria natureza dos seres, e que
chamarei de segundo ponto, justamente a parte fisiológica.
Após a conceição, o ser humano tem
características quanto ao seu gênero já preestabelecidas. Ainda informe,
o feto já se define como macho ou fêmea. Por meio do cromossomo X,
sabe-se que o bebê é, e forma natural, científica, definitiva e
concreta, mulher, feminina, fêmea.
No caso de macho, menino, masculino, a
identidade cromossômica é XY. Tais especificidades não podem ser
alteradas por vocábulos, leis, greves, militância, agressões… É macho ou
fêmea (sem outro, terceiro ou pretenso sexo). Ou é fêmea (feminino) ou é
macho (masculino).
Natureza
Por fim, como terceiro ponto de definição
do humano, quanto ao sexo, temos a própria natureza. Não se tem notícia
de qualquer elo histórico de macho que não seja macho e fêmea que não o
seja também. Até mamão define-se bem!
Na sociologia, na antropologia, ciências
recentes, mesmo com todas as tentativas de manipulação, como na questão
das ‘criação por disciplina’ dos novos conceitos de família, não se pode
determinar a alteração da natureza.
Na psicologia
Também a pisque carrega a gene sexual.
Existem características e reações, analisadas pela psicologia, em
especial a psicanálise, próprias e bem delineadas de meninas e de
meninas, inclusive no que se diz respeito a traumas.
Segundo conceitos psicológicos, toda
criança em condições normais e usuais, permanece sexualmente normal.
Porém, se orientada por sedutores poderá ser atraída por perversões.
A questão da existência de gêneros –
masculino e feminino – à criança é algo normal, comum e aceito sem
nenhuma barreira, pois esse não é o objeto de sua investigação, senão de
onde veio.
Complexo de Édipo
O Complexo de Édipo, proposto por Freud e
assimilado por Carl Jung (Complexo de Electra), ocorre justamente pela
diferença de sexos, na chamada segunda infância, quando a criança fixa
sua atenção na pessoa de sexo oposto.
Ele é universal e compreende todos os
seres humanos. “Uma vez que o ser humano não pode ser concebido sem um
pai ou uma mãe (…). Na identificação positiva, o menino identifica-se
com o pai e a menina com a mãe” (Complexo de Édipo, Wilkipédia).
O mesmo espírito
Sobre essa desconstrução, conforme
Derridá (1962), com a tentativa de desmontagem dos elementos da escrita,
por interditar certas condutas, antecipa-se Daniel, mais de 500 anos
antes de Cristo, ao tratar indicar características do Anticristo: “Não
terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao amor das mulheres, sobre
tudo se engrandecerá” (11.27).
Pr Antônio Mesquita.
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