Antes de qualquer coisa preciso afirmar que não
estou generalizando. Bem sei que existem casos diferenciados de irmãos que se
endividaram em virtude do desemprego, enfermidade ou até mesmo da morte de um
ente querido, entretanto, para nossa tristeza existe um número considerável de
cristãos que ao contrário do que deviam agem desonestamente não honrando suas
dívidas, nem tampouco pagando suas contas.
Isto posto, vamos ao artigo:
O Apostolo Paulo ao escrever a epístola aos Romanos ensina que os cristãos não podem dever nada a ninguém. "A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei." ( Romanos 13:08). No entanto, ao contrário disso um número incontável de evangélicos brasileiros encontram-se absolutamente endividados. Infelizmente sei de casos de pessoas que em nome da "bênção" e da prosperidade gastam mais do que ganham. Para piorar a situação, existem aqueles que pegam dinheiro emprestado e não pagam os seus credores, isso sem falar é claro, naqueles que fazem crediários, empréstimos dando calote no comércio.
Isto posto, vamos ao artigo:
O Apostolo Paulo ao escrever a epístola aos Romanos ensina que os cristãos não podem dever nada a ninguém. "A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei." ( Romanos 13:08). No entanto, ao contrário disso um número incontável de evangélicos brasileiros encontram-se absolutamente endividados. Infelizmente sei de casos de pessoas que em nome da "bênção" e da prosperidade gastam mais do que ganham. Para piorar a situação, existem aqueles que pegam dinheiro emprestado e não pagam os seus credores, isso sem falar é claro, naqueles que fazem crediários, empréstimos dando calote no comércio.
Pois é, outro dia soube de um famoso
supermercado em Goiânia que recusou fazer o cartão de crédito para um pastor
pelo fato de muitos destes serem desonestos. Há pouco, um amigo compartilhou que
tentou comprar um carro financiado, mas o vendedor quando soube que o proponente
da compra era um pastor desistiu do negócio por entender que pastores não pagam
suas dividas.
Triste isso não é verdade? Lamentavelmente sou
obrigado a concordar que muitos evangélicos tem agido desonestamente não
cumprindo com as suas obrigações.
Prezado amigo, o que me assusta é que parte da
igreja ainda advoga a causa de que estamos vivendo um genuíno avivamento. Ora,
pare, pense e responda: Que avivamento é esse onde os crentes não pagam suas
dívidas? Que avivamento é esse que evangélicos pegam empréstimos bancários e dão
calotes nos bancos? Que avivamento é esse que fazem de cristãos pessoas
desonestas? Pois é, a quantidade de pessoas que se dizem cristãs e se comportam
com desonestidade é absurda. Outra dia eu soube de uma pessoas que ao participar
de um evento evangélico roubava bíblias.
Pois é, o que falar então dos crentes
muambeiros da "Conde
de Sarzedas" que em nome de Deus cometem, compram e vendem todo tipo de
pirataria?
Caro leitor, ao contrário do "Avivamento
tupiniquim" os avivamentos que aconteceram no decorrer da história
proporcionaram mudança comportamental nos crentes. Em Genebra, no tempo de
Calvino, por exemplo, os que haviam defraudado, furtado ou roubado alguém,
geralmente procuravam as pessoas prejudicadas e lhes ressarciam além do valor do
objeto extorquido, três, quatro vezes mais o que deviam. Já no Brasil, por
fatores diversos isso não acontece.
Por que será então que muitos que se dizem
cristãos em nosso país são desonestos e não pagam suas dívidas?
1- Pelo fato de não terem nascido de novo. Isso
se deve ao ponto de que não terem entendido a mensagem do Evangelho.
Lamentavelmente um número considerável de "frequentadores" de igreja nada sabem
sobre pecado, inferno, perdão, Salvação, Cristo e Evangelho.
2- Por que ouviram um falso evangelho que está
fundamentado tanto na confissão positiva, como na teologia da prosperidade cujo
deus é o secularismo.
3- Pelo inconsciente coletivo tupiniquim que
nos incentiva a uma vida de desonestidade.
Pois é, este mundo pós-moderno se caracteriza
por um estilo de vida hedonista aonde o que importa é satisfazer
prioritariamente suas vontades, independente de que isso signifique atropelar
conceitos e pessoas. Infelizmente as relações neste inicio de século XXI se
fundamentam em trocas e barganhas onde o mais importante é descobrir o que eu
posso ganhar e lucrar.
Em nosso país, é muito comum, ouvirmos dos
lábios daqueles que nos relacionamos o que é que se pode ganhar com aquele tipo
de atitude ou comportamento. Lembro que na década de 70 existia uma propaganda
vinculada em rede de TV sobre uma marca de cigarro, na qual o ex-jogador da
seleção brasileira Gérson era o protagonista. A propaganda dizia que comprar o
cigarro em questão era vantajoso por ser melhor e mais barato que as outras
marcas. E ao no final do comercial Gérson zombeteiramente dizia:"Você também
gosta de levar vantagem em tudo, certo?”
Com o passar dos anos a propaganda captou um
elemento de identificação que estava no imaginário popular. O jargão usado na
época se transformou então naquilo que hoje denominamos de lei de Gerson, a qual
passou a funcionar como mais um elemento na definição da identidade nacional e o
símbolo mais explícito da nossa ética ou falta dela.
Por fatores dos mais diversos, a sociedade
brasileira vem vivendo há muitos anos debaixo de uma enorme crise moral e
relacional. E claro, como não poderia deixar de ser, a igreja evangélica também.
Há pouco tempo, ouvi a história de um crente que ao ser reprovado no exame de
uma autoescola, recebeu a proposta por parte do examinador de pagar por fora R$
50, 00, a fim de que o exame fosse refeito. Tal “irmão” sem titubeios
prontamente aceitou, dizendo ser aquilo a uma grande benção de Deus, afinal de
contas o que importa é não perder.
Diante deste triste relato sou obrigado a lhe
perguntar: Será que os fins justificam os meios? Será que devemos dar um
“jeitinho” em tudo para atingirmos os nossos objetivos? Será que sempre tenho
que ganhar alguma coisa? Ora, claro que não. Entretanto, essa sociedade
encontra-se tão adoecida, que práticas como esta, se entranharam em nossos
hábitos e costumes, fazendo-nos achar que não existe nenhum mal em subornar
alguém. Junta-se a isso o fato de que as relações interpessoais são egoístas,
manipuladores e utilitárias. Na verdade, parece que vivemos debaixo de uma
síndrome, onde o que é importa é prevalecer sobre o outro, independente de que
para isso precisemos atropelar conceitos, princípios e vidas.
Como cristãos somos desafiados a não vivermos
segundo as regras deste sistema. De maneira alguma podemos permitir que valores
antiéticos e amorais conduzam nossas vidas. Na perspectiva bíblica jamais nos
será permitido negociarmos o inegociável, nem tampouco, instrumentalizarmos as
pessoas com vistas ao nosso sucesso pessoal. Os pressupostos do reino nos
motivam a vivermos uma vida justa, reta e equânime, onde nem sempre
ganhamos.
Pense nisso!
Renato Vargens
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