O que são os efeitos colaterais Ler as letrinhas miúdas das bulas dos remédios não é tarefa fácil. Diria mesmo que é desanimadora, tanto pela dificuldade para enxergar, como pela complexidade da linguagem ou pela quantidade de possíveis efeitos que cada medicamento potencialmente pode provocar. Mas essa deveria ser uma tarefa levada mais a sério pelos consumidores, especialmente aqueles que desobedecem à regra básica de buscar a consulta de um médico. As reações positivas dos medicamentos, os chamados efeitos terapêuticos, muitas vezes podem ser acompanhados por efeitos colaterais, que podem ser de pequena ou grande monta. Por isso, sempre é necessário reportar ao médico as reações e não é aconselhável interromper a medicação sem a consulta prévia. Muitas vezes os efeitos colaterais são esperados e entram no campo dos inevitáveis. As reações dependem de cada indivíduo e variam de acordo com a assimilação da droga pelo organismo. As bulas, por isso são extensas. Elas buscam relatar o máximo de hipóteses possível. Quanto mais o médico conhece o paciente, menores são as possibilidades de reações adversas. Alguns efeitos comuns provocados por diferentes drogas são a sonolência, boca, nariz ou garganta secos, tontura, prisão de ventre, diarreia, retenção de líquidos, diminuição da sudorese, dor de cabeça, insônia, coceira e palpitações. São problemas relatados e que medidas como alteração da alimentação, dos horários de dormir e de trabalhar ou no próprio horário de tomar os remédios pode minorar o desconforto. Em geral são problemas temporários. Mas não se deve minimizá-los, pois há aqueles mais graves e que podem, por exemplo, afetar o sistema circulatório. Há, mesmo, efeitos só identificados por meio de exames laboratoriais. Nos EUA, estudo do Government Accountability Office) as mulheres são mais sensíveis a sofrerem com os efeitos colaterais do que os homens, especialmente quando ingerem remédios contra a insônia. O trabalho indicou que oito em cada dez drogas retiradas do mercado entre 1997 e 2000 levavam mais riscos às mulheres do que aos homens. Uma possível causa desta diferença seria a maior variação hormonal das mulheres. Portanto, não se descuide. Nada de automedicação e procure sempre o médico. -
Fonte: Jornal do Brasil
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