Pela segunda vez este mês, a igreja
Assembleia de Deus em Kalva, no estado indiano de Maharashtra, foi atacada por
radicais hindus. Em meio ao culto do dia 6, o pastor Arul Raj foi atacado no
púlpito, espancado e levado até o posto policial com falsas acusações.
A polícia disse que não havia crime em
pregar o cristianismo e colocou dois policiais para vigiar o local de culto.
Mesmo assim, eles não conseguiram evitar um novo ataque no último domingo (27).
Um grupo de 35 extremistas hindus,
pertencentes ao grupo “Bajrang Dal” armados de paus e barras de ferro,
invadiram o templo novamente. Eles saquearam o local espancaram os fiéis
presentes, incluindo o pastor Ajay Kasbe, que pregava para cerca de 100
pessoas. Quatro líderes cristãos presentes ficaram gravemente feridos (os
irmãos Rajesh, Ajay e Gulab Vishwakarma, além de Shambhunath Yadav).
A acusação deles é que a igreja realizava
“conversões forçadas”. Até o momento, a polícia só identificou e prendeu cinco
dos militantes. O ocorrido iniciou uma onda de terror nas igrejas da região,
unindo católicos e evangélicos. Joseph Dias, representante dos católicos,
admitiu: “Está claro que se trata de uma tentativa de polarizar a sociedade por
causa da religião, em vista das eleições gerais na Índia. Pedimos ao Ministro
do Interior de Maharashtra, Raosaheb Ramrao Patil, que garanta a proteção a
todas as igrejas e puna severamente os que buscam desencadear um conflito
religioso”.
O crescente movimento de perseguição em
algumas regiões da Índia é promovido pelo Bharatiya Janata, partido
ultranacionalista hindu que apoia grupos extremistas acusados de violência e
perseguição contra as minorias étnicas, sociais e religiosas em todo território
indiano. No início de 2014 ocorrerão eleições no país e uma das plataformas
políticas é a mudança na lei religiosa.
Segundo país mais populoso do mundo, com
mais de um bilhão de habitantes, a Índia é majoritariamente hinduísta. Uma lei anticonversão
está sendo debatida e pode marcar definitivamente a história da
nação milenar. Caso seja aprovada, deve alterar a Constituição indiana, que
assegura a liberdade religiosa.
Com informações de Fides e Persecuted Church / Gospel Prime
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