A Justiça do Rio Grande do Sul bloqueou até agora cinco imóveis e uma
conta bancária de um dos sócios da boate Kiss, em Santa Maria (RS).
Segundo a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul, o pedido de bloqueio
dos bens foi feito na segunda-feira seguinte ao incêndio, no mês
passado, e deferido pela Justiça Estadual no mesmo dia.
O balanço parcial dos bloqueios foi divulgado na quinta-feira (7).
De acordo com o defensor público-geral, Nilton Leonel Arnecke Maria, os
cinco imóveis pertencem a Mauro Hoffmann, um dos sócios da boate. A
conta bancária, que está em nome de uma das empresas de Hoffmann, tem
cerca de R$ 500 mil reais.
A Justiça pediu o bloqueio de bens de Hoffmann, do sócio dele,
Elissandro Spohr, o Kiko, da Santo Entretenimento Ltda (nome empresarial
da Kiss) e da irmã e da mãe de Kiko, donas oficiais da boate.
"Nossa ideia é pedir o bloqueio de todos os bens que forem encontrados",
afirmou Arnecke Maria. Os valores arrecadados serão utilizados para
pagar indenizações às famílias das vítimas no incêndio em uma futura
ação indenizatória. Caso os réus não sejam condenados, os bens serão
desbloqueados.
De acordo com o defensor público-geral, a ação de indenização por danos
materiais e morais deve ser ajuizada nos próximos dez dias.
A Defensoria Pública ainda está analisando se será proposta uma ação coletiva ou várias ações individuais.
Há ainda a possibilidade de que, além de Hoffmann e Spohr, sejam
processados também o município de Santa Maria e o Estado do Rio Grande
do Sul, além de outras pessoas físicas que sejam consideradas
responsáveis pelo incêndio.
Arnecke Maria diz que a Defensoria Pública não descarta pedir
indenização por dano moral coletivo, por considerar que toda a
comunidade de Santa Maria foi afetada pela tragédia.
Fonte:Folha
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