País deve garantir segurança das embaixadas sem impor uma data limite.
Pyongyang disse a diplomatas que não dará proteção em caso de conflito.
Pyongyang disse a diplomatas que não dará proteção em caso de conflito.
A Coreia do Norte deve garantir a segurança das embaixadas em seu
território sem impor uma data limite - o que seria "inaceitável",
afirmou o ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle.
Pyongyang advertiu aos diplomatas que não poderá protegê-los em caso de conflito e anunciou 10 de abril como data limite.
O ministro alemão "reiterou que uma data limite depois da qual a Coreia
do Norte deixaria de garantir a segurança das embaixadas é
inaceitável', afirma o ministério em um comunicado, depois de uma
conversa por telefone com o enviado de Berlim em Pyongyang.
"Há regras claras no direito internacional, e a Coreia do Norte também
deve cumprir. Que a Coreia do Norte aumente a tensão é irresponsável e
constitui uma ameaça real para a paz e a segurança na região",
completou.
O ministro alemão reiterou, no entanto, que, no momento, sua embaixada em Pyongyang continua trabalhando normalmente.
O secretário do Foreign Office britânico, William Hague, também afirmou
que no momento não existe necessidade de retirar os diplomatas da
Coreia do Norte.
"Não devemos responder a esta retórica e ao anúncio de uma ameaça
externa cada vez que eles as fazem", disse em entrevista à BBC, neste
domingo (7).
As embaixadas estrangeiras permanecem em Pyongyang, na Coreia do Norte,
e não há indícios de que seus funcionários deixarão o país, dois dia
após o regime norte-coreano de Kim Jong-un ter recomendado sua evacuação
por não poder garantir a segurança em caso de guerra.
Funcionários do governo da Coreia do Sul indicaram em declarações
recolhidas pela agência local "Yonhap" que, segundo suas referências,
"nenhuma missão estrangeira está se preparando para sair" da capital
norte-coreana.
Entre os países que têm embaixada em Pyongyang estão Brasil, Rússia,
Alemanha, Reino Unido, China, Irã, Cuba, Suécia, Polônia, República
Tcheca, Bulgária, Romênia, Índia, Paquistão e Síria.
Proteção limitada
Na sexta-feira (5), Pyongyang disse que não poderá garantir a segurança das embaixadas a partir de 10 de abril, em uma situação marcada pela elevada tensão após um mês de ameaças e hostilidades do país comunista voltadas a Seul e Washington.
Na sexta-feira (5), Pyongyang disse que não poderá garantir a segurança das embaixadas a partir de 10 de abril, em uma situação marcada pela elevada tensão após um mês de ameaças e hostilidades do país comunista voltadas a Seul e Washington.
A embaixada do Brasil em Pyongyang recebeu, nesse mesmo dia, um
comunicado do governo local instruindo as representações diplomáticas a
informarem sobre a necessidade de apoio logístico para a saída de seus
funcionários do país, em meio ao crescimento da tensão militar entre
Coreia do Norte e Estados Unidos.
Segundo o Itamaraty, nenhuma decisão sobre a permanência ou não dos
funcionários brasileiros na Coreia do Norte foi tomada até o fim da noie
desta sexta, mas o assunto era estudado.
O Itamaraty informou ter o conhecimento da presença de apenas seis
brasileiros na Coreia do Norte atualmente. Dois são funcionários da
embaixada – o embaixador Roberto Colin e um funcionário administrativo.
Também estão no país a mulher e o filho de Colin. Os outros dois
brasileiros são a mulher e o filho do embaixador da Palestina na Coreia
do Norte.
G1
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