sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Igreja Universal é acusada de obrigar pastores a fazer vasectomia.


Igreja Universal é acusada de obrigar pastores a fazer vasectomia
O Ministério Público do Trabalho (MPT) de São Paulo condenou a Igreja Universal do Reino de Deus a indenizar com R$ 150 mil por “danos morais”, um ex-pastor. Ele prestou queixa às autoridades após ter sua casa invadida por três pessoas.
Afirmou que toda sua família foi agredida e expulsos da casa onde moravam. Líderes da IURD local o acusavam de apropriação indevida de valores, algo que não pôde ser comprovado.
O pastor diz ainda que foi obrigado a fazer cirurgia de vasectomia como condição para exercer o ministério na IURD.
De acordo com a Folha de SP, a ação indenizatória foi julgada parcialmente procedente e a Universal recorreu. No julgamento do recurso, o desembargador Erickson Gavazza Marques declarou que havia “elementos que comprovavam a prática de atos ilícitos” e manteve a condenação. Contudo, reduziu consideravelmente o valor pedido originalmente pela família, que era de R$ 500 mil de cada autor.
Em seu despacho, escreveu: “Restando demonstradas nos autos as injustas agressões praticadas pelos prepostos da requerida (Universal), bem como a imposição de vasectomia a seus pastores, presentes estão os elementos essenciais da obrigação de indenizar, sendo que o desfecho da presente ação não poderia ser outro, senão o acolhimento do pedido de reparação pela ofensa moral experimentada pelos autores”.
Gavazza Marques encaminhou os autos ao procurador-geral de Justiça. Pede que seja apurada a eventual prática de ‘esterilização generalizada’ por parte da igreja.

Igreja nega prática de esterilização
O MPT propôs que a Universal assinasse um compromisso de interromper tal exigência. Seus advogados se recusaram, afirmando que ela não existe. “A acusação é desmentida facilmente pelo fato público e notório de que grande parte de nossos bispos e pastores têm filhos”, declarou a Universal em nota oficial. Esclarece que “planejamento familiar é um tema que deve ser debatido exclusivamente pelo casal e a instituição não interfere na questão”.
Em audiência, a igreja reconhece haver dez processos contra ela. Mas lembra que possui cerca de 10 mil pastores. Embora afirme que filhos dificultam o trabalho das lideranças de “propagar o evangelho pelo mundo”, a decisão de tê-los ou não é livre.
A unidade do MPT da cidade de Osasco procura reunir provas para entrar com uma ação civil pública contra a instituição. Ainda corre no Ministério Público do Estado de SP uma apuração na área criminal sobre as denúncias.

Fonte:Gospelprime.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário